terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Acupuntura , parceria contra o estresse


Bem  Estar
Acupuntura, parceria contra estresse
Luciane Beloli
Criciúma

Estresse, esgotamento e cansaço podem aparecer em qualquer idade e época, mas no final do ano os sintomas costumam estar mais evidentes e presentes no dia a dia. Como o estresse interfere diretamente na produtividade de qualquer atividade, é importante trata-lo, evitando os prejuízos emocionais e físicos que acarreta.
A acupuntura é uma forte aliada no combate ao estresse e segundo FhernandoMoreira, fisioterapeuta especialista em acupuntura há 15 anos pelo Colégio Brasileiro de Acupuntura, a técnica está entre as mais efetivas no tratamento devido aos seus efeitos imediatos desde o início do mesmo.



O especialista explica que o estresse é representado pelos sintomas de dores musculares crônicas, insônia, ansiedade, cefaleias, gastrites, irritabilidade e o cansaço do sistema nervoso. “No conceito científico, a acupuntura age equilibrando o organismo com estímulos em determinados pontos na pele que levam a mensagem ao cérebro, o qual irá liberar substâncias químicas que trazem a sensação de relaxamento, efeito analgésico, anti-inflamatório, antidepressivo, recuperando os níveis normais de energia do sistema nervoso”, detalha.

Para o tratamento do estresse, em média são necessárias de cinco a dez sessões iniciais para o reestabelecimento do sistema nervoso, dependendo também da cooperação do paciente em seu estilo de vida, cuidando do repouso, alimentação e atividade física. “O paciente pode realizar sessões quinzenais ou mensais para a manutenção do tratamento, tendo pacientes que optam por realizarem sessões semanais em virtude de seu estilo de vida estressante”, frisa.

Fhernando Moreira destaca que no conceito oriental da medicina chinesa, os pontos de acupuntura, quando estimulados, irão promover o equilíbrio energético dos meridianos, ou canais de energia que, quando em excesso ou deficiência, necessitam de sua regulação, promovendo a saúde e prevenindo os sintomas do estresse. Donas de casa, empresários, professores, profissionais liberais e estudantes formam um perfil frequente do paciente de acupuntura. “No estudo, a acupuntura promove o


aumento da concentração, paciência e memória durante o período dos estudos”, aponta.
A acupuntura pode ser procurada desde a infância, para qualquer sintoma. Pode-se tratar cansaço, alergias respiratórias como rinite e asma, principalmente em casos crônicos onde a medicina convencional não consegue a cura definitiva. “Hoje, pode-se realizar a acupuntura sem agulhas, utilizando o laser ou sementes que são deixadas no corpo. A contraindicação da acupuntura é somente nos meses iniciais da gestação, tendo-se o cuidado de usar pontos pré-selecionados para este período, tratando as dores de coluna tão frequentes nesta fase”, frisa.
Qualquer profissional de saúde com especialização comprovada junto ao seu conselho representativo pode praticar a acupuntura. Porém, hoje é frequente sua realização por médicos, fisioterapeutas, farmacêuticos, dentistas, entre outros.

Fonte: Jornal da Manhã Criciúma

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Saiba Mais sobre o Dry Needling: Terapia Manual Intra-muscular

Esta é uma técnica fisioterapêutica que está se disseminando rapidamente pela sua eficácia e resolutividade. No Brasil ainda é pouco conhecida, mas está ganhando cada vez mais adeptos.
Dry Needling foi desenvolvida desde 1940 através dos estudos da Dra. Janet Travell e após ter seus estudos aprimorados, por cientistas como Dr. Karel Lewit e  Dr. Chang Gun.

Dra. Janet Travel, que é conhecida como a "mãe do conhecimento sobre Trigger Point Miofascial", nos Estados Unidos, originalmente começou os seus estudos e prática clínica desta técnica que ela mesmo nominou como "Dry Needling",  utilizando agulhas hipodérmicas no tratamento de Trigger Points, sem nenhuma analogia a Acupuntura ou a MTC (Medicina tradicional Chinesa). Somente com o passar do tempo outros pesquisadores passaram a realizar esta analogia.

Inicialmente o Dry Needling foi utilizado unicamente no tratamento de  Trigger Points, no entanto considerando os mais recentes estudos se observa-se que existem resultados consistentes no controle da dor musculoesquelética, não somente miofascial. Além disso o Dry Needling pode ser utilizado associado a eletroterapia podendo alcançar níveis ainda mais efetivos de analgesia para disfunções musculoesqueléticas.

O Dry Needling pode ser superficial ou profundo tendo aplicação a uma variada lista de disfunções musculoesqueléticas, com aplicação sobre tecido muscular, conjuntivo em neuralgias e controle da dor articular.
Desde então muitos Fisioterapeutas os Estados Unidos e na Europa passaram a realizar estudos clínicos e programas especiais de qualificação na técnica de Dry Needling, que vem sendo cada vez mais utilizada entre os fisioterapeutas em todo mundo, ganhando reconhecimento clínico e científico internacional  à partir de diversas publicações respeitáveis em revistas especializadas na área musculoesquelética.

“O Dry Needling é um excelente recurso na diminuição e até mesmo na cura de dores musculares, podendo ser aplicado em combinações com outras terapias ou mesmo como uma terapia isolada e única”
Dry Needling miofascial, se caracteriza na inserção de uma agulha no filamento do músculo na região de um "Trigger Point '.
O objetivo do Dry Needling é conseguir uma resposta de contração local para liberar a tensão e dores musculares. Dry Needling é um tratamento eficaz para a dor crônica de origem neuropática com muito poucos efeitos colaterais.Esta técnica é inigualável em encontrar e eliminar a disfunção neuromuscular que leva à dor e déficits funcionais.

Deep Dry Needling


Estudos indicam que Dry Needling melhora o controle da dor, reduz a tensão muscular, normaliza disfunção bioquímica e elétrica de placas motoras, e facilita um retorno acelerado de reabilitação ativa.Dry Needling envolve a inserção de uma agulha para estimular o processo de cicatrização de tecidos moles ("Trigger points" musculares, fáscias, tendões e ligamentos, etc), resultando em alívio da dor e restauração da fisiologia saudável. O paciente também pode sentir uma reprodução de "sua" dor, que é um indicador de diagnóstico útil para o terapeuta diagnosticar a causa dos sintomas dos pacientes. Os pacientes logo aprendem a reconhecer e aceitar até mesmo essa sensação, uma vez que resulta na desativação do Trigger Point, reduzindo a dor e restaurando a função do comprimento normal do músculo envolvido.Um trigger point miofascial é um ponto com hiperirritabilidade e hiperatividade no músculo esquelético que está associado com um nódulo palpável hipersensível. Esta área se torna dolorosa no local e também pode "irradiar" em padrões previsíveis.
"Técnica inovadora e eficaz, internacionalmente reconhecida, bastante prática e objetiva que na atualidade está sendo empregada por diversos Fisioterapeutas por todo o mundo. Trata-se de uma técnica invasiva que utiliza o “agulhamento seco” sem nenhuma medicação em pontos anatômicos específicos no tratamento da dor miofascial. Esta técnica não deve ser confundida com o tratamento de acupuntura, pois visa a terapia de agulhamento com fundamentação fisiológica ocidental promovendo efeitos reflexo neuromuscular relaxante, bioquímicos e imunológicos locais embora usando agulhas semelhantes as da acupuntura. Pode ser empregado no tratamento de diversos distúrbios musculares locais, como torcicolos, “trigger points”, síndrome miofascial, cefaléia tencional, cervicalgias, dorsalgias, lombalgias, ciatalgias e também dores articulares do esqueleto apendicular. " Dra. Cláudia Inês Grams, Fisioterapêuta.

Agora também disponível no Instituto de acupuntura e fisioterapia Dr. Fhernando Moreira 3443 9268 / 9954 3458

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Acupuntura diminui a ansiedade

Para a medicina tradicional chinesa, a acupuntura pode diminuir a ansiedade e equilibrar o corpo e a mente.

Shutterstock
A acupuntura busca reequilibrar a circulação da energia vital do corpo em um processo gradual
A ansiedade é considerada um catalisador para o surgimento de doenças e um gatilho capaz de aliar-se a uma predisposição genética. Pela ótica da medicina tradicional chinesa, os sintomas causados por ela são vistos como uma desarmonia entre corpo, mente e espírito. Neste contexto, a acupuntura atua como prática terapêutica que busca o equilíbrio da energia através dos cinco elementos (fogo, terra, metal, água e madeira), a fim de restabelecer a harmonia do organismo.
A ansiedade está presente na vida de todas as pessoas e pode até ser considerada natural, visto que prepara o organismo para uma situação nova e compreendida como perigosa. Quando sua intensidade é desproporcional ao estímulo que a provoca, no entanto, é classificada como prejudicial. Um exemplo comum é a preocupação de mães quando os filhos saem de casa. A apreensão a que algumas mães se submetem pode ser que não corresponda ao “risco” de o filho não estar dentro de casa.
Mais água, menos fogo
Em excesso, a ansiedade pode provocar sintomas como inquietação, cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono. Para a medicina chinesa, estes sintomas são provenientes especialmente do desequilíbrio entre os elementos água e fogo.
“A ansiedade do coração está baseada no medo do rim”, afirma Jeremy Ross, autor do livroCombinações dos pontos de acupuntura: a chave para o êxito clínico. Sob a visão ocidental, Ross quer dizer que o excesso de medo e a insegurança a respeito do que está por vir são a causa real da ansiedade.
Neste caso, deve-se aumentar a água tonificando o rim e diminuir o fogo harmonizando o coração. Ao equilibrar a energia destes elementos e órgãos, é possível obter uma mente mais tranquila e sossegada. Alguns pontos que harmonizam estes elementos estão localizados na região interna do antebraço, em especial próximo ao punho e na região do tornozelo, na fossa interna entre o pé e a perna. A automassagem nestes locais também pode trazer benefícios, acalmando a mente e o coração.
Um estudo de caso realizado na Universidade Federal do Paraná pelo psicólogo e pesquisador André Luiz Picolli mostra a eficácia do tratamento de ansiedade pela acupuntura. Neste trabalho o autor faz um comparativo entre a visão ocidental, descrita pela psicologia, e a visão chinesa.
A seleção dos pontos para diminuir a ansiedade foi feita com base na investigação da paciente e na análise dos pulsos e língua da mesma, a fim de equilibrar a energia de todo o corpo. De acordo com a medicina tradicional chinesa, é possível identificar a qualidade da energia dos órgãos através de um exame minucioso destas microrregiões. A partir da quarta sessão o autor observou uma melhora significativa da paciente, com relato do alívio dos sintomas a partir da sexta sessão de tratamento.
Em geral, as sessões de acupuntura devem ser realizadas semanalmente e, para um bom resultado, é sugerido o mínimo de dez sessões. O reestabelecimento do equilíbrio do corpo ocorre por um processo gradual e contínuo, levando em conta que cada organismo responde a seu tempo. A técnica pode ser também mantida de forma preventiva a fim de manter a energia vital em harmonia.
Alimentação
Como complemento à acupuntura no tratamento da ansiedade, a medicina tradicional chinesa recomenda incorporar frutas vermelhas, como a lichia e a pitanga, que beneficiam o coração. Recomenda ainda incluir na dieta sementes pretas como feijão e arroz preto, que tonificam o rim. Outra dica simples que pode trazer bons resultados é o consumo abundante de água. Este elemento diminui o “fogo” do organismo e impede que ele deixe a mente agitada e inquieta.

Contraindicações
Em alguns casos o uso da acupuntura pode ser contraindicado. Pacientes que possuem áreas infectadas ou com tumores e portadores de marcapasso devem optar por um método que não utilize as agulhas.
Outra contraindicação antes de se iniciar um tratamento através desta terapêutica é quando não há um diagnóstico estabelecido ou quando não tenha sido feito uma tentativa honesta de determiná-lo. Isto evita que a acupuntura mascare ou altere os sintomas clínicos que podem levar ao diagnóstico.
Idosos também devem ser avaliados com cautela antes de iniciar um tratamento para que não se exija deles uma movimentação de energia vital capaz de sobrecarregar o corpo. Aqueles que têm medo de agulhas também têm outras opções para se beneficiarem da medicina chinesa.
Sem agulhas
Para aqueles que não se identificam com as agulhas, há a opção de fazer o tratamento com cores, sementes e até mesmo com as mãos.
A cromoterapia utiliza luzes de diferentes cores para tonificar ou sedar determinados pontos e é capaz de promover resultados semelhantes ao das agulhas. A cor azul em especial pode ajudar na redução da pressão arterial, tendo efeito calmante, anestésico suave e refrescante. No campo emocional, ajuda a reduzir a ansiedade, o estresse, a dor e pode ser induz ao relaxamento e ao sono.
A acupuntura auricular ou auriculoterapia, terapêutica que estimula os pontos do corpo através da inserção de sementes na orelha, também apresenta bons resultados. Estudo realizado pelas enfermeiras Juliana Miyuki do Prado, Leonice Fumiko Sato Kurebayashi e Maria Júlia Paes da Silva na Universidade de São Paulo (USP) apresentou uma redução de 20% dos níveis de ansiedade moderada e alta em estudantes de enfermagem.
A massagem, em especial o shiatsu, prática que promove pressão no trajeto dos meridianos (canais por onde circula a energia vital) utilizados na acupuntura também podem trazer resultados positivos em casos de ansiedade, uma vez que promovem relaxamento, tonificam os órgãos e promovem o equilíbrio entre os elementos.
Seja com agulhas, com sementes, com cromoterapia ou com as mãos, a acupuntura e as técnicas advindas da medicina chinesa podem ser consideradas aliadas do equilíbrio corpo e mente e diminuir a ansiedade. Praticadas com a devida cautela, auxiliam na harmonização dos sintomas advindos da ansiedade como irritabilidade, tensão muscular e perturbações no sono, atuando de forma preventiva para outros desequilíbrios.
www.namu.com.br

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O PILATES NA BOLA E A ESTABILIDADE CORPORAL


          O Pilates é uma terapia que está cada vez mais sendo difundida em estúdios de todo o país. E para obter bons resultados, o uso de alguns equipamentos facilitam a vida do profissional para atingir seus objetivos e o do pacintees, para fazer determinados movimentos. Hoje nós iremos falar sobre a Bola Suiça. 


A bola suíça (Stability Ball) utilizada no Pilates pode ser considerada um recurso terapêutico – principalmente em relação à coluna. A bola é ótimo se você tem problemas nas costas, porque apoia suas costas enquanto você se exercita. Ela tem um caráter lúdico, garantindo melhor aceitação dos praticantes de alguma atividade. Além disso, exige maior controle corporal, incrementando o reforço muscular promovido pelos exercícios.

Além de desenvolver um bom exercício muscular para todo o seu corpo, a bola de pilates lhe oferece inúmeros outros benefícios que variam de reabilitação das costas, quadril e lesões do joelho. Os exercícios de pilates com a bola são poderosos para melhorar a força, estabilidade, postura e equilíbrio muscular. Você também melhorar a sua  flexibilidade e seu sistema cardiovascular por meio de um exercício de baixo impacto.
Falando em estabilidade, o principal é os músculos do seu corpo que estabilizam e apoiar todos os seus movimentos. 


Os três músculos da barriga, ou "tronco" de seu corpo, são
·         Transverso abdominal: Os músculos abdominais profundos
·         Tultifidus: os músculos das costas que sustentam a coluna lombar
·         Quadrado lombar: Os músculos da região lombar que mantêm o equilíbrio da coluna vertebral e da pelve.

Estes músculos trabalham juntos para proteger a sua coluna e ajudam com as atividades diárias. Levantamento, jogando, dobra, chegando, e correndo usar os músculos estabilizadores, assim mantê-los bem condicionado é extremamente importante. Sem músculos estabilizadores condicionado, movimentos simples, como puxar, andar ecorrer sem suporte e deixá-lo em risco de lesões.

Para melhor desempenho, qualquer tipo de movimentação nesse acessório deve ser assistida por algum profissional especializado na área.
Fonte: Fisioterapia.com


correr sem suporte e deixá-lo em risco de lesões.
Para melhor desempenho, qualquer tipo de movimentação nesse acessório deve ser assistida por algum profissional especializado na área.
Até a próxima!


Fraturas de Quadril : Prevenir é sempre a chave da boa saúde

Dê pulos e afaste fraturas no quadril

Você leu direito. É que um estudo realizado na Universidade de Loughborough, no Reino Unido, identificou que pular por dois minutos todos os dias reduz o risco de quebrar o quadril após uma queda. No trabalho, 34 homens com mais de 65 anos apostaram nessa tática durante 12 meses. Mas os participantes saltaram com apenas uma perna para que a densidade óssea da outra (que ficou parada) pudesse ser analisada também. Após o experimento, constatou-se, por exemplo, que houve um aumento de até 7% da massa óssea em algumas regiões do quadril – as mais propensas a serem fraturadas numa queda. Os resultados mostraram, então, que essa atividade física pode diminuir os efeitos do envelhecimento ósseo. Vale lembrar que a projeção de fraturas no quadril para 2050 não é nada animadora. É previsto que a incidência aumente 310% entre os homens e 240% entre as mulheres. Melhor prevenir, não é mesmo? Mas lembre-se de que exercícios que envolvem bastante impacto (como os pulos) devem ser autorizados e feitos com o acompanhamento de especialistas.


Fonte:  Revista Saúde é Vital

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Acupuntura alivia dores causadas por disfunção na mandíbula

O tratamento das dores causadas pelas Disfunções Temporomandibulares (DTM) ganhou uma nova aliada. A pesquisadora Ana Campana, da Faculdade de Odontologia da USP (FO-USP), conseguiu identificar que sessões de acupuntura podem aliviar as dores nos pacientes com a síndrome logo no primeiro contato com a terapia. Responsável por incômodas dores de cabeça e ouvido, sensações de pressão atrás dos olhos e zumbidos, a DTM pode atingir a maior parte da população mundial.
Um ponto e uma síndrome. Foi partindo desses dois elementos que Ana, mestre em Odontologia pela FO, decidiu estudar a acupuntura dentro de sua área. A técnica chinesa, já reconhecida pelo Ministério da Saúde por seu poder terapêutico, é amplamente utilizada na Medicina, mas tem pouca visibilidade entre os cirurgiões-dentistas brasileiros. "Na USP toda só tem uma professora com cadeira em Odontologia sobre acupuntura", fala a pesquisadora que, interessada pela resposta da terapia, quis estudar como ela funcionaria atuando em um único ponto, no combate às dores vindas da DTM.
A disfunção estudada pela pesquisadora é uma alteração no funcionamento da articulação responsável pelo movimento de abrir e fechar a boca, e vários são os motivos que podem provocá-la, como o ato de ranger os dentes, por exemplo.


Eficácia comprovada
A técnica consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos com potencial de ativar substâncias no cérebro que combatem a dor. "É como se você conseguisse chegar no cérebro da pessoa e mostrasse para ele que essa dor não está trazendo benefícios", explica Ana. Analisando 56 pacientes que apresentavam dores nos músculos da face causadas pela DTM, a pesquisadora aplicou o método no lado direito dos rostos de seus pacientes, no ponto denominado Estômago 7 (E7).
Medindo a evolução da dor das pessoas agulhadas no término da sessão com os parâmetros Limiar de Dor a Pressão (LDP) e Escala Visual Analógica (EVA), Ana verificou que ambos os indicadores mostraram uma notável redução da dor nos pacientes e que o método era comprovadamente eficaz, surtindo efeito mesmo naqueles que diziam não acreditar na sua eficiência.
Observou-se que, independentemente da crença nas agulhas, todos os pacientes que foram submetidos ao método tiveram uma redução de mais de 40% da dor após a sessão, e que o agulhamento no lado direito resultou em melhora também quando aplicado no lado esquerdo, ou seja, em oposição ao foco da dor. Segundo a mestre, como a acupuntura tem um resultado sistêmico, ainda que o lado agulhado não seja aquele que provoca a dor no paciente, o efeito da técnica mantém-se o mesmo.
Utilidade pública
A dentista defende que a implantação do sistema de acupuntura no setor público de Odontologia é uma questão de utilidade pública. Componente do Conselho Regional de Odontologia, a pesquisadora explica que o Conselho Federal da área precisa outorgar essa necessidade para que o profissional do ramo possa entrar no setor público como especialista em acupuntura.
"O paciente poderia sair do posto de saúde com parte do problema resolvido", ressalta a dentista que acredita que o uso da acupuntura aliado aos tratamentos tradicionais diminuiria a necessidade de analgésicos.
Por Jessica Bernardo - jessicabmarcelino@gmail.com
Edição Ano: 48 - Número: 50 - Publicada em: 16/06/2015
Fonte: Faculdade de Odontologia - USP

quarta-feira, 22 de julho de 2015

MEDICINA ALTERNATIVA

Tratamento das varizes pela MTC

Varizes ou veias varicosas são veias dilatadas, alongadas e tortuosas. Além de serem prejudiciais à estética, as varizes podem causar dor, cansaço e sensação de peso nas pernas. O edema, em geral é a primeira complicação, inicia-se no tornozelo e, pode atingir até o joelho. É discreto e inexistente pela manhã e aumenta à tarde e sua intensidade depende se o paciente ficar muito tempo em pé ou sentado. E se o problema não for tratado, podem ocorrer complicações como ferimentos na pele e úlceras varicosas, e numa fase mais avançada, podem ocorrer complicações inflamatórias.
     O sangue que circula nas veias, diferente do das artérias, vai contra a força da gravidade, ou seja, de baixo para cima. Por esse motivo, as veias possuem umas válvulas que se abrem e fecham para permitir o fluxo do sangue e impedir que este circule "contra a corrente". Quando as válvulas deixam de funcionar adequadamente, a parede da veia perde tonicidade e o sangue deixa de fluir. É então que aparecem as varizes.
É um problema crônico e, ainda que se eliminem algumas varizes, ao fim de algum tempo voltam a aparecer outras, pois estes tratamentos geralmente não fazem com que o sangue volte a circular nas veias; pelo contrário, não facilitam a circulação.
       Existem também dois tipos de varizes assim classificadas: primárias e secundárias. As chamadas primárias são aquelas que aparecem influenciadas pelatendência hereditária, responsável pelas antiestéticas linhas vermelhas e azuis de diversos tamanhos; e as chamadas secundárias que aparecem por doenças adquiridas no decorrer da vida e são de tratamento mais difícil chamadas erroneamente de varizes internas.
     As varizes aparecem com mais frequência nos membros inferiores: pés, pernas e coxa.

Como Prevenir 

O ideal no tratamento de varizes é sempre evitar seu aparecimento. É importante tentar evitar atividades onde a pessoa é obrigada a ficar muitas horas em pé ou sentado. Caso não seja possível, a pessoa deve elevar as pernas por 15 minutos 2 a 3 vezes durante o dia, e à noite, quando chegar em casa, também deve-se movimentar os pés, como se estivesseacelerando um carro, este movimento chamado dorsiflexão, faz a musculatura da panturrilha se contrair ritmicamente, colocando em ação o coração periférico, que faz a circulação funcionar. Além disso, deve-se usar meia elástica, em geral de média compressão, que reduz a ação traumática da pressão hidrostática sobre as veias. Para vestir a meia elástica deve-se elevar as pernas por 20 minutos antes de colocar as meias para esvaziar bem as veias; caso contrário, elas perdem sua ação.). Consumir vitamina C, que aumenta a síntese de colágeno, fibra que reforça a parede do vaso.


Se a pessoa já tiver uma história familiar de varizes, deve começar a se prevenir desde a juventude,especialmente se for mulher, para evitar que o problema fique muito sério. A massagem pode ajudar, mas deve ser constante. A melhor massagem para ajudar a circulação das veias chama-se drenagem linfática.Evitar o excesso de peso: o excesso de peso sobrecarrega a circulação eprovoca o aparecimento de varizes. Ter bons hábitos alimentares é saudável para todo o corpo. Fazer exercícios: os exercícios melhoram a força muscular da perna e, portanto melhoram a circulação de retorno. Os melhores são andar, correr e nadar. Evitar o uso de anticoncepcionais: os hormônios femininos (pílulas,tratamento de menopausa, reposição hormonal) retêm líquidos e aumentam a pressão dentro das veias, também amolecem as paredes dos vasos e são uns dos principais fatores desencadeantes de varizes.Evitar o uso de salto alto: o salto alto faz com que a musculatura da pernafique permanentemente contraída, sem o movimento rítmico, o que dificulta a circulação venosa. O uso em ocasiões especiais não chega a ser prejudicial, mas o seu uso rotineiro certamente é.

Medicina Tradicional Chinesa

     Na visão da Medicina Tradicional Chinesa, as varizes formam-se porque o sangue tem dificuldade em circular na veia e se acumula, causando assim dilatações. Este acúmulo se dá por duas razões diferentes. No primeiro tipo, o acúmulo de sangue resulta de um processo longo de estagnação de energia e de sangue (Qi e Xue) nos canais. Isto é visto em pessoas que ficam longo tempo trabalhando em pé sem descansar. O trabalho excessivo e aposição desfavorável dificultam a circulação do sangue que vai se acumulando nas pernas. O segundo tipo acontece em pessoas predispostas a varizes. Estas têm fraqueza na energia do baço, que é responsável pelos tecidos de sustentação no corpo. Assim, as veias têm paredes fracas, e o sangue escapa com facilidade. Além do tratamento interno para a causa básica, a MTC (Medicina Tradicional Chinesa) preconiza um tratamento externo, pois considera que a doença se manifesta predominantemente na pele.
     Na acupuntura são aplicadas agulhas em pontos específicos. Deste modo, são desbloqueados os pontos energéticos e simultaneamente ativada a circulação de energia e sangue.
     Este poderá ser um tratamento longo, mas desde as primeiras sessões irá sentir-se melhor. O tratamento de varizes em MTC passa sempre pela acupuntura associada à Fitoterapia Chinesa.


Postado por Lilian Tavares às 09:16 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Acupuntura vira aliada para quem quer emagrecer

Acupuntura vira aliada para quem quer emagrecer
               
Tratamento equilibra o metabolismo, diminui a ansiedade, ajuda a controlar a compulsão por comida e auxilia na eliminação das toxinas de forma mais eficaz
A acupuntura regula o organismo, melhorando o funcionamento dos seus órgãos e proporcionando bem-estar

A acupuntura regula o organismo, melhorando o funcionamento dos seus órgãos e proporcionando bem-estar.

A acupuntura, técnica milenar desenvolvida pelos chineses, pode auxiliar na perda de peso. É o que apontam estudos feitos por especialistas da área. A acupuntura regula o organismo, melhorando o funcionamento dos seus órgãos e proporcionando bem-estar, o que, consequentemente, levará à perda de peso.

Isso quer dizer que o tratamento realizado com a acupuntura equilibrará o seu metabolismo, diminuirá a sua ansiedade, ajudará você a controlar a compulsão por comida, e ajudará o seu organismo a eliminar as toxinas de forma mais eficaz.

Segundo o médico acupunturista Carlos Eduardo Mendes,  "O tratamento colocará você em condições de emagrecer. Os benefícios são muitos, tenho pacientes que conseguiram perder até 20 quilos com o tratamento. Isso vale para todas as idades", afirma o especialista.

Ao se submeter a uma sessão de acupuntura, o profissional aplicará as agulhas em pontos estratégicos do seu corpo, isso proporcionará uma regulagem do apetite, e esse efeito lhe ajudará a comer apenas o suficiente para atender as necessidades do seu organismo.

A prisão de ventre provoca inchaços e dores na região abdominal, além de indisposição e outros problemas. O tratamento com Acupuntura age reeducando o seu intestino, assim ele é estimulado a funcionar de maneira mais eficaz. Esse efeito contribuirá para a purificação do seu organismo e para o seu bem-estar.

Dormir mal pode fazer você ganhar peso, já que a falta de sono contribui para o aumento da ansiedade e do stress. "O tratamento com Acupuntura ajuda você a relaxar mesmo quando estiver enfrentando situações difíceis, e proporciona o resgate da qualidade do seu sono", declara Carlos Eduardo.

Além disso, a ansiedade em excesso pode levar você a se alimentar de maneira compulsiva, portanto, é muito importante encontrar formas de amenizá-la.

A acupuntura funciona muito bem para amenizar esse problema, visto que age diretamente nos centros reguladores da ansiedade, ajudando você a enfrentar o dia a dia com mais tranquilidade. Com níveis de ansiedade menores, ficará muito mais fácil controlar a alimentação e manter hábitos saudáveis.

Você pode sim utilizar a acupuntura para emagrecer, porém, apesar de todos os benefícios que ela proporciona, ainda assim será necessário manter uma dieta saudável e praticar exercícios físicos regularmente.

A acupuntura é um tratamento extremamente eficaz, mas ela sozinha não tem o poder de fazer você emagrecer. O papel dela é colocar você em condições de perder peso de maneira saudável, portanto, aproveite isso e faça a sua parte.

Fonte: www.folhavitoria.com.br


terça-feira, 19 de maio de 2015

Medicina Yin e Yang: A ciência do equilíbrio

A Medicina chinesa é muito mais do que acupuntura e muito menos misteriosa do que parece. Depois de milhares de anos, o Ocidente começa a descobrir os segredos do Yin e do Yang - a chave da saúde.
por Lúcia Helena de Oliveira
  Problemas não escolhem hora nem lugar, diz o ditado. Assim, no meio de uma visita à China, em 1972, o jornalista americano James Reston, vítima de uma súbita apendicite, teve que ser internado às pressas. O hospital era tão bem equipado quanto qualquer outro do Ocidente e a cirurgia poderia ser chamada de convencional, não fosse o fato de Reston ter permanecido acordado e de as drogas anestésicas terem sido substituídas por algumas agulhas espetadas em seus braços.
Mais notável ainda é o caso do guitarrista Kalau, pseudônimo de Christian Keul, líder da BAP, a primeira banda alemã de rock a se apresentar na China, há um ano. Pouco antes de começar o concerto, Kalau caiu do palco, batendo o joelho no cimento com tanta força que quase desmaiou de dor. O espetáculo seria cancelado, quando um chinês, de 30 e poucos anos, ofereceu ajuda. “Ele passava a mão sobre o joelho sem tocá-lo e quando, finalmente, jogou algo imaginário no machucado, as dores desapareceram”, conta o roqueiro, que, então, pôde voltar ao palco.
Os episódios refletem uma bifurcação existente na China, onde o paciente pode escolher entre tratamentos da Medicina ocidental — como cirurgias — e terapias milenarmente usadas pelos orientais como massagens. Os médicos chineses também podem optar por uma formação ou por outra, pois existem tanto faculdades de Medicina ocidental quanto de Medicina tradicional. Mas o que se ensina nelas é bastante diferente, a começar pelas técnicas de diagnóstico. Quem cursa a faculdade de Medicina tradicional, por exemplo, leva cinco anos aprendendo a perceber detalhes de seus futuros pacientes, como a aparência da pele, o jeito de andar, o aspecto da língua e os 28 tipos de pulsação descritos pelos chineses.
As noções de fisiologia da Medicina tradicional chinesa também são completamente diferentes. É onde entram os conceitos, cada vez mais falados no Ocidente, de Yin e Yang. Há quatro anos o fisiologista Marco Aurélio Dornelles, da Universidade de Campinas, embarcou para a China, a fim de fazer um curso de Medicina tradicional, com duração de quatro meses. “Metade desse tempo eu perdi só para assimilar Yin e Yang”, conta ele com voz mansa e forte sotaque gaúcho. Yin e Yang, segundo os orientais, são pólos opostos de uma energia chamada Qi (pronuncia-se “tchi”),que está presente em tudo no Universo.
Saúde, por este ponto de vista, é a energia interna do organismo equilibrada e em harmonia com as energias do ambiente. Alguém com muito Yang, por exemplo, será agitado; muito Yin, porém, leva a estados de desanimo. O balanço adequado de Yin e Yang, contudo, ainda não é suficiente. Entre um extremo e outro, de acordo com a Filosofia chinesa, existem cinco diferentes estados de energia, correspondentes a cinco elementos: madeira terra, metal, água e fogo.
Parece um jogo infantil: a madeira alimenta o fogo; o fogo, por intermédio da cinza, forma a terra; a terra gera o metal; o metal derrete e vira água; e a água alimenta a madeira. Mas, ao mesmo tempo que um elemento produz o outro, eles também se anulam: o fogo derrete o metal e este corta a madeira; a madeira invade a terra, que represa a água; a água finalmente apaga o fogo. Isso, aparentemente, nada tem a ver com Medicina. Para os chineses porém, sem isso nem há Medicina. Pois cada uma dessas energias, para eles, controla um dos órgãos que regem a orquestra do organismo — os rins, o baço, o fígado, os pulmões e o coração. Estes, por seu lado, governam cada qual uma série de outros órgãos.
Por isso, para a Medicina chinesa, uma doença nunca afeta uma parte do corpo isoladamente. Por exemplo: o pulmão é metal; logo, ele alimenta os rins, que são água. Isso significa que um pulmão fraco enfraquece os rins. E, como os rins controlam os ossos, estes também se prejudicam. Reumatologistas franceses constataram recentemente que pessoas que sofreram na infância de problemas pulmonares, como bronquites, costumam ter doenças nos ossos entre os 50 e 60 anos de idade. O que os cientistas constatam hoje já foi observado há quase 5 mil anos, no Nei ching (“O tratado interno”), o primeiro livro conhecido sobre acupuntura, a terapia baseada na aplicação de agulhas em pontos do corpo. Nele já se descrevia o câncer — explicado como conseqüência de emoções reprimidas, que acabariam por criar uma energia autodestrutiva no organismo.
Para os chineses, corpo e mente são inseparáveis. “Até hoje, não entendo como se tratam úlceras com medicamentos para o estômago, quando todos estão cansados de saber que ela é uma doença ligada à ansiedade”, reclama, inconformado, o médico Jou Eel Jia. Chinês da província sulina de Zhuangzu, com 33 anos, formou-se no Brasil e voltou ao seu país para se especializar em Medicina tradicional. Desde 1981, clinica em São Paulo.
“A maioria das pessoas presume que um tratamento se faz exclusivamente à base de agulhas”, explica ele. “Mas, além da acupuntura, a Medicina chinesa conjuga dietas, exercícios, massagens e, principalmente, ervas.” Os chineses, que conhecem quase 6 mil espécies de ervas, acreditam que há sempre um chá capaz de resolver um problema. Assim, dente-de-leão, que no Ocidente é considerado capim, para os chineses é um ótimo regulador de hormônios. Em casos de artrite, a beberagem é uma infusão de angélicas. Já folhas de cebola são eficazes para estancar hemorragias — e por aí afora. Uma típica receita de chá combina, em média, de três a quinze ervas, para que uma corte os possíveis efeitos colaterais da outra.
As grandes farmácias, na China, chegam a aviar 2 mil receitas dessas diariamente. Com a modernização do país nos últimos anos, algumas farmácias já estão automatizadas, com máquinas que distribuem as ervas nas proporções indicadas pela receita, sem contato manual. O uso de ervas na Medicina oriental não se confunde, porém, com o da homeopatia, modalidade de Medicina ocidental que também lança mão de medicamentos naturais. “Uma erva e uma pílula feita à base dessa erva não são idênticas”, explica Jou. “As duas terão o mesmo efeito sobre certo sintoma, já que os radicais (átomos que determinam as características da substância) de suas fórmulas químicas são iguais. Mas a erva, por ter ainda a energia, ou o Qi, agirá sobre as causas.”
Os exercícios físicos também são uma importante terapia para os orientais. Na Medicina chinesa, movimentar-se é deixar fluir a energia do corpo — e nesse fluir está a saúde: Assim todas as manhãs, milhões de chineses podem ser vistos em lugares públicos, praticando sossegadamente o Tai Chi Chuan (“O máximo do extremo”) uma ginástica que mais lembra um balé em câmera lenta. Mas o chinês imóvel, de olhos fechados em plena rua, que de repente faz um movimento brusco, quase espasmódico, não está fazendo propriamente ginástica. Ele está, isto sim, exercitando-se nas arcaras artes do Qigong (que significa “a técnica da energia” e pronuncia-se “tchigon”), talvez a mais procurada forma de tratamento na China, depois das ervas.
O roqueiro alemão Kalau certamente foi tratado por um mestre de Qigong. Os chineses, dizem os mestres dessa espécie de massagem sem força mecânica, aprendem a acumular energia, a fim de passá-la, através das mãos, para o corpo da pessoa doente ou com dor. Atualmente, o Qigong já é ensinado nas faculdades de Medicina tradicional da China, mas durante muito tempo os seus segredos eram passados de mestre para discípulo, como uma iniciação da qual, aliás, as mulheres estavam excluídas. Até hoje, só 20 por cento dos massagistas de Qigong têm formação médica.
É o caso de Kong Li Chi, ex-médico de várias seleções olímpicas chinesas, que veio ao Brasil em maio último. O Qigong faz parte de sua vida desde a infância, quando observava o avô materno exercitar-se. “Ainda treino de uma a duas horas por dia”, conta ele, aos 44 anos. Quem o vê nesses momentos tem a impressão de que está apenas fazendo leves movimentos circulares com os braços. Mas a aparência engana: ao tocá-lo, nota-se que emprega toda a sua força muscular nesses movimentos. Para manter a energia que capta com esses exercícios, um mestre de Qigong não pode fumar nem beber, deve dormir no mínimo oito horas por dia e, se adoecer, mesmo que se trate de um reles resfriado, não pode fazer a massagem, porque deve passar uma energia absolutamente saudável para os outros.
A existência dessa energia já foi registrada por aparelhos sofisticados como os de ressonância magnética, que utilizam ímãs poderosos para obter imagens do organismo. A Academia de Ciências da China compara a energia do Qigong à radiação infravermelha de baixa freqüência. Tamanho é o prestígio do Qigong ali que as grandes estrelas do esporte chinês têm um massagista dessa técnica em sua equipe. Pois se acredita que o Qigong não só resolve problemas como distensões e torções mas também elimina dores e dá energia extra para o atleta competir.
Nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, Kong foi massagista do ginasta chinês Li Ning. Talvez não por acaso, Li conquistou três medalhas de ouro e uma de prata, sendo chamado pela imprensa americana de “a torre de força”. Outras massagens orientais diferem do Qigong por não transferir a energia de uma pessoa para outra e sim desbloquear a própria energia: e o caso do Shiatsu e do Do-in — este, uma automassagem —, já bastante difundidos no Ocidente. Essas massagens são feitas sobre os meridianos, os canais por onde, segundo os chineses, passa a energia do corpo.
Existem catorze meridianos principais. Quando a energia se desequilibra ou fica bloqueada em um deles, então adoecem os seus órgãos correspondentes. Os chineses acreditam que a aplicação de calor sobre determinados pontos dos meridianos pode fazer tudo voltar ao normal, por isso queimam bolas de ervas compactadas, chamadas moxas, sobre a pele. Mas, em geral, os pacientes preferem as célebres agulhas da acupuntura. Os médicos ocidentais sabem até por que a acupuntura funciona em casos de dor, pois constataram que ela ajuda o cérebro a liberar endorfina, o analgésico natural do organismo.
“Associadas a pequenos estímulos elétricos, durante meia hora, as agulhas permitem que uma mulher suporte uma cesariana”, informa o médico Jou Eel Jia. O médico paulista Júlio Abramczyk conta, impressionado, que num congresso internacional de Cardiologia, em Washington, há dois anos, os chineses relataram um estudo sobre mil casos de cirurgia de troca de válvulas cardíacas. Em todos eles, sem exceção, a única anestesia usada foi a acupuntura.
Mas ainda não está claro para os ocidentais se e como as agulhas funcionam em casos que não envolvem dor. Não se sabe, por exemplo, por que uma agulha espetada no pulso cura bronquite. Para os chineses, esse é um falso problema: a resposta, como sempre, está no Yin e Yang, os dois pólos da energia vital, postos em equilíbrio no ponto do pulso correspondente ao pulmão. “Da mesma forma como posso provocar a produção de endorfinas, posso estimular a produção de qualquer hormônio”, desafia Jou. Ele conta que, certa vez, trabalhando no ambulatório de um hospital em São Paulo, espetou duas agulhas numa mulher que não tinha leite para o filho recém-nascido. “Vinte minutos depois, os seios começaram a inchar e liberar leite. As agulhas só fizeram estimular a produção do hormônio prolactina.”
Desde a recente abertura chinesa para o mundo, os próprios orientais passaram a buscar explicações para a sua Medicina nos conceitos da Medicina convencional do Ocidente. Da mesma forma, nos Estados Unidos, França e Alemanha, uma batelada de pesquisas ainda não concluídas trata de observar as alegadas maravilhas da Medicina chinesa com olhos ocidentais. Uma grande preocupação dos cientistas é separar nitidamente técnicas médicas de eficiência comprovada (embora sustentadas em teorias algo nebulosas) da simples charlatanice, como a que se pratica em certos consultórios de fundo de quintal, a título de Medicina chinesa.


Fonte:  Super interessante , 13 outubro 1988